A hérnia de disco é uma doença específica da coluna vertebral, que pode acometer qualquer segmento da coluna, tanto a região cervical (do pescoço) quanto a lombar – que é na região mais baixa – e também a do tórax.
A coluna vertebral é composta pelas vértebras, que são a parte óssea propriamente dita e, entre cada uma delas existe um disco fibroelástico que auxilia no amortecimento e flexibilidade da coluna. A hérnia de disco é uma lesão desse disco, na qual um fragmento se desloca e comprime as terminações nervosas.
Hérnia de disco
A doença pode estar associada a fatores genéticos, tabagismo, má postura (comuns em profissionais que ficam excessivamente na mesma posição, ou que fazem movimentos repetitivos com a coluna), exercícios de alto impacto, obesidade e trabalho braçal. Podem também ocorrer hérnias de disco provocadas por traumas na coluna, em acidentes, sendo que nestes casos pode ocorrer até perda dos movimentos. Os sintomas mais comuns da hérnia de disco são dores na coluna, podendo se estender para as pernas ou braços.
Nem toda dor na coluna é causada por hérnias de disco e nem toda hérnia de disco provoca dores na coluna. Existem vários outros tipos de doenças que provocam dores parecidas e, em outros casos a hérnia de disco não apresenta sintomas. Por isso, a investigação clínica muitas vezes é acompanhada de exames complementares como a ressonância magnética – que é o mais preciso – além de radiografias e tomografias que servem como auxílio. A doença apresenta vários estágios e na maioria dos casos o tratamento é clínico, cuja evolução benigna não necessita de cirurgia, apenas medicações, repouso na fase aguda e fisioterapia analgésica.
A indicação de cirurgia é feita quando os sintomas não melhoram com o tratamento clinico adequado ou quando há perda de movimentos causada pela hérnia. Existem dois tipos de procedimentos cirúrgicos, um com a retirada do fragmento do disco, em casos mais simples, e, quando o comprometimento é maior, ocorre a chamada artrodese, que é a fixação da coluna com próteses. Em ambos os casos, quando se trata apenas de hérnia de disco, os riscos são pequenos. A cirurgia é eficaz e os casos em que ocorre algum tipo de comprometimento motor novo são muito raros. Os resultados são eficazes no controle da dor e em geral o paciente já pode andar no dia da cirurgia e recebe alta no dia seguinte.