Parkinson

Santa Casa de Passos realiza 1ª cirurgia de Parkinson

O Parkinson

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população mundial acima de 65 anos tem o mal de Parkinson. No Brasil, a estimativa é de que ela acometa mais de 200 mil pessoas. Trata-se de um distúrbio anormal de movimentos que atinge pessoas normalmente a partir da 5ª década de vida. A doença de Parkinson acontece, então, quando há a diminuição da Dopamina, uma substância encontrada no cérebro, principalmente uma região chamada de “substância negra”. Isto promove uma alteração no funcionamento do sistema nervoso central, causando os distúrbios de movimento e outros sintomas encontrados na doença. Há relatos de citações da doença há muitos séculos por indianos e chineses, mas foi em 1817 que o médico inglês James Parkinson definiu e descreveu a doença como a conhecemos hoje, publicando seu estudo intitulado “Ensaio da paralisia de agitação”.

Existem fatores genéticos envolvidos na causa da doença e também fatores ambientais ainda desconhecidos. Trata-se de doença neurodegenerativa, progressiva e que não tem cura, mas há tratamentos com bom controle da doença. Tanto a abordagem clínica com medicações quanto as cirurgias não são consideradas tratamentos curativos e sim tratamentos que controlam os sintomas da doença.

Na maioria das vezes consegue-se um bom resultado com a medicação ( drogas dopaminérgicas), porém, em alguns casos em que ela não é suficiente para controlar, ou em situações em que há muitos efeitos colaterais do remédio está indicada a cirurgia. Com esta consegue-se reduzir muito a quantidade de medicações. Os pacientes que são potencialmente candidatos à cirurgia passam por testes clínicos específicos para avaliar se realmente têm indicação, além de avaliação neuropsicológica e exames de imagem.

Cirurgia para tratamento da doença de Parkinson

A cirurgia para Parkinson é realizada com o implante de um eletrodo cerebral profundo para estimulação, conhecido entre os médicos como DBS (Deep Brain Stimulation – estimulação cerebral profunda).

A técnica cirúrgica em si é a colocação de um eletrodo num ponto específico do cérebro que é calculado através da fusão de imagens de tomografia e ressonância ; então ele é introduzido através de uma técnica de neuronavegação chamada estereotaxia. O eletrodo é como se fosse um fio com polos de condução elétrica, ligado a um gerador que funciona como um marca-passo cerebral.

O gerador emite impulsos elétricos através do eletrodo e acontece então a estimulação da região específica do encéfalo, chamado núcleo subtalâmico (ou menos comumente no globo pálido interno). A estimulação deste, por sua vez, vai causar uma neuromodulação nos circuitos relacionados ao movimento e relacionados à doença. Em suma, o estímulo elétrico neste núcleo vai minimizar os sintomas motores da doença de Parkinson que são os tremores, a rigidez dos músculos e o jeito de andar (distúrbio de marcha).

O procedimento é de altíssima complexidade, e necessita de equipamentos avançados para programação extereotáxica, além de intenso treinamento e especialização da equipe multiprofissional. É importante ressaltar que todo paciente com doença de Parkinson, com ou sem cirurgia, deve realizar atividades constantes e frequentes de reabilitação como fisioterapia motora, atividades físicas moderadas a intensas, fonoaudiologia, além de acompanhamento psicológico.

Dr Matheus Schmidt se especializou em um dos principais centros de neurocirurgia da América Latina que realiza cirurgias de DBS (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP). Em 2018 realizou na Santa Casa de Passos (MG) a primeira cirurgia para Parkinson do sudoeste mineiro. Desde então as cirurgias vem sendo realizadas com excelentes resultados. A cirurgia para Parkinson é importante ferramenta que traz conforto, bem estar e qualidade de vida a muitos pacientes.

Implante do eletrodo cerebral para tratar Parkinson

Panorâmica da sala operatória em uma cirurgia para Parkinson

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